Segunda feira dia 21 de julho de 2008, teve início a semana comemorativa dos 56 anos de nossa casa de oração. Nosso irmão presidente abriu a semana com a oração e convidou para que todos pudessem comparecer a todas as reuniões, pois seria uma semana de atividades voltadas para comemorações, com palestras e depoimentos sobre a casa.
O Coral Irmã Lavínia cantou o Hino de abertura.
Em seguida nosso irmão João Gomes de Oliveira falou sobre os 56 anos de fundação, onde relatou em algumas pinceladas, várias estórias da casa, pois em 56 existem muitas coisas para se contar.
Entre algumas histórias contou que a primeira reunião foi na Rua Dourados em uma edificação de condições muito precárias, com paredes feitas de adobe. Com o tempo e com esforço dos irmãos, cada um ajudando um pouco, foi possível comprar o lote onde é hoje nossa sede. Contou sobre a luta para construir o alicerce e as primeiras paredes. Falou sobre o local que por ser muito pedregoso não tiveram sucesso em abrir cisternas e muitas irmãs de boa vontade carregaram latas d’água na cabeça para encher os tambores no dia de começar as obras. O material que não podia ser colocado na porta, pois não se tinha acesso fácil a ela, era descarregado na rua próxima e os irmãos carregavam nas latas ou carrinhos de mão. Muitos de nós não sabíamos que as primeiras paredes foram erguidas com muita dificuldade, pois à frente do imóvel existia um aglomerado e muitos moradores temiam o progresso que uma casa de oração ali localizada poderia trazer. Nossos fundadores e freqüentadores por vezes eram ameaçados espiritualmente e fisicamente, mas, felizmente, por ser uma semente de amor e fraternidade foi cultivada sobe a proteção de Deus. Contou também que sempre foram escassos os recursos e as obras eram sempre feitas em mutirão pelos freqüentadores. Naquela época algumas pessoas tinham medo de falar que iam a uma reunião espírita, pois o preconceito e a falta de informação que envolvia a doutrina espírita eram grandes. Lembrou da criação da campanha do quilo em que eram mal recebidos pelos moradores que, na sua maioria católica, não acreditavam na seriedade do trabalho. Relatou ainda que nossas cadeiras foram compradas de 2ª mão e pagas em pequenas parcelas. Falou da sopa que era feita para distribuição aos mais necessitados, das melhorias do espaço físico e, principalmente, lembrou que a união de todos os freqüentadores foi fundamental para o desenvolvimento dos trabalhos, pois sem a ajuda de todos, com muito desprendimento, não teria sido possível erguer esta casa.
Em seguida nosso irmão Marcílio falou da importância que a SEIL tem em sua vida e de seus familiares, da gratidão pessoal que sente pelos fundadores e lembrou fatos de sua adolescência (que em entrevista futura relataremos).
Assim foi meus irmãos o primeiro dia de comemorações de aniversário da SEIL.